Boletim Focus e IGP-M: O que a queda da inflação em 2025 projeta para a Selic em 2026?

INVESTIMENTO

12/29/20251 min read

O encerramento de 2025 trouxe um dado surpreendente e bem-vindo para a economia brasileira: o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acumulou uma deflação de 1,05%.

Este resultado, que superou as expectativas da maioria dos analistas, reacende o debate sobre o futuro da política monetária do Banco Central e as perspectivas para a taxa Selic em 2026, conforme monitorado atentamente pelo Boletim Focus.

A deflação do IGP-M, embora não seja o principal índice de inflação acompanhado pelo Banco Central para a meta (que é o IPCA), reflete uma desaceleração generalizada dos preços no atacado, com impactos que tendem a se refletir no consumidor final.

Este cenário mais benigno para a inflação, somado a um ambiente global de menor pressão inflacionária, sugere que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderá ter maior flexibilidade para calibrar a taxa básica de juros no próximo ano.

Contudo, a decisão do Banco Central não se baseará apenas nos índices de inflação. As incertezas em relação à trajetória fiscal do país, as expectativas do mercado e o cenário político serão fatores cruciais para determinar o ritmo e a magnitude de eventuais cortes na Selic em 2026.

Se a inflação se mantiver controlada e o arcabouço fiscal demonstrar maior solidez, a expectativa é de que a Selic possa continuar em uma trajetória de queda gradual, favorecendo a atividade econômica e reduzindo o custo de financiamento para empresas e consumidores.

Por outro lado, qualquer deterioração nas projeções fiscais ou no cenário global poderá impor cautela ao Copom, limitando o espaço para um ciclo de afrouxamento monetário mais agressivo.